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Rede de apoio: ajudar uma mãe é, acima de tudo, saber ouvir

Possivelmente, em algum momento, você já ouviu a seguinte frase: “Quando nasce um filho, também nasce uma mãe”. 👩🏻‍🍼 E é também nesse momento que uma rede de apoio materno ganha uma importância significativa na vida da mulher e da família.

Cada maternidade tem suas particularidades, mas uma verdade praticamente unânime é que toda mãe precisa de suporte. Essa rede de atenção materno infantil faz toda a diferença, em especial nos primeiros momentos após o nascimento, em que a mãe precisa de tanto cuidado quanto o bebê recém-nascido.💞.

Continue a leitura e saiba mais sobre o conceito e a prática da rede de apoio!

O que é uma rede de apoio materno?

Em termos gerais, uma rede de apoio consiste em poder contar com pessoas de confiança para dar suporte e auxiliar nos momentos em que a mãe precisar e sentir necessidade.👥

A atuação da rede de apoio materno vai muito além de ficar com o bebê para que a mãe possa descansar ou tomar um banho🛁 com mais tranquilidade. Em caso de dúvidas, em que a mãe quer saber como lidar com determinada situação, a rede de apoio pode ser essencial.

As dúvidas e os desafios da maternidade podem realmente ter um impacto sobre a autoestima e a autopercepção da mãe. No período do puerpério, ou seja, logo após o parto, esse cenário fica ainda mais perceptível, já que a mãe está lidando com sua recuperação e, ao mesmo tempo, com um turbilhão de hormônios e, é claro, com o bebê precisando de toda atenção.👶🏼

A importância da rede de apoio

Já deu pra ter uma ideia de como a rede de apoio maternidade pode ser essencial para a mãe, não é mesmo? Mas, além do que já foi dito, outras vantagens também podem ser percebidas. Confira! ⤵️

  • Mãe mais segura: ao contar com uma rede de apoio materno infantil, a mãe pode cuidar de si mesma e isso faz com que ela se sinta mais segura e acolhida.👩🏻
  • Diminuição do risco de depressão pós-parto: uma mãe que está insegura e sobrecarregada com as tarefas inerentes à maternidade🤰🏻tende a ter mais chances de desenvolver depressão pós-parto.
  • Aumento da conexão com o bebê: é preciso tempo para que a mãe possa estar diariamente fortalecendo a ligação com o seu neném. Assim, uma rede de apoio que dê suporte, por exemplo, nas tarefas domésticas, auxilia — e muito — nesse sentido.
  • Sensação de pertencimento: ao se tornar mãe, é natural que a mulher passe a ser “somente” mãe. Isso pode levar a um esgotamento emocional. A rede de apoio materno permite que a mãe sinta que — além de mãe — ela também é mulher e faz parte de um círculo social.👭🏻
  • Atenção especial às mães solo: a cada ano, observa-se um aumento considerável no número de mães solo no Brasil.👩🏻‍🍼Nesses casos, a rede de apoio tem uma função ainda mais significativa: afinal, ela carrega, além da maternidade, o restante das responsabilidades. A empatia por mães solo pode ser um diferencial.

Compreender o que é rede de apoio materno transforma a vida de uma mãe e permite que ela realmente desfrute desse período com mais tranquilidade e segurança.

Uma rede de apoio para chamar de sua

A rede de atenção materno infantil vai além dos laços de sangue ou familiares. É comum que a rede de apoio seja composta pelas avós👵🏼 do bebê, pelas irmãs da mãe ou por primas, por exemplo. Mas não é uma regra!

É essencial que a rede de atenção materno infantil conte com pessoas que passem segurança e tranquilidade para a mãe. Assim, as amigas de confiança podem fazer parte desse núcleo, compartilhando experiências, sendo um ombro amigo e estando ali para dar uma mãozinha para a mamãe. Os vizinhos de porta também podem compor a rede de apoio, se a mãe assim escolher.

✅ Mas, como reconhecer uma rede de apoio materna? Algumas características podem ajudar:

  • Disponibilidade para atender quando necessário;
  • Acompanhamento com contato frequente da mãe e do bebê;
  • Saber respeitar cada momento da mãe e também suas vontades e decisões;
  • Proximidade com a família para saber quando estar perto e quando dar espaço;
  • Habilidades no cuidado de um recém-nascido.

Ainda vale lembrar que a rede de apoio pode ser, inclusive, virtual.👩🏻‍💻 A tecnologia pode ser uma aliada na maternidade. Por vezes, uma ligação de vídeo para conversar pode salvar o dia de uma mamãe.

Apoiar uma mãe é, antes de tudo, saber ouvir

rede de apoio familiar, além do círculo da família, precisa, antes de qualquer coisa, ouvir a mãe “com os ouvidos de ouvir”.👂🏼Ou seja: uma mãe precisa de acolhimento de suas dúvidas, suas fraquezas, suas frustrações, e não de julgamento.

Para que a rede de apoio faça realmente a diferença na vida da mãe, a habilidade de saber ouvir é primordial. E, só depois, saber se faz sentido se manifestar ou se é importante apenas acolher.🤗

⚠️ Quando a rede de apoio materno tem outras mães, por exemplo, é essencial que elas saibam que é importante compartilhar suas experiências, mas sem colocá-las como verdade absoluta. Afinal, é apenas mais uma experiência.

Apoio é ajudar a mãe a ser a mãe que ela quer ser para o filho dela!

O que não fazer se quiser apoiar uma recém-mãe

Ao compreender o que se espera de uma rede de atenção materno infantil, é hora de ter clareza também sobre o que não deve ser feito se quiser apoiar uma recém-mãe.

Esse é um exercício bastante sensível, afinal, alguns comportamentos estão enraizados em nossa cultura.🤔 Mas, isso não quer dizer que são corretos ou que realmente fazem bem.

  • Questionar a mãe sobre as orientações do profissional de saúde da confiança dela: antes mesmo de o bebê nascer, a mãe possivelmente já fez consultas com o pediatra para se informar e tirar dúvidas.👩🏻‍⚕️ Assim, criou-se uma relação de confiança que deixa a mãe mais tranquila. A rede de apoio pode não concordar com algumas coisas, no entanto, cabe a ela apenas respeitar as decisões da mãe.
  • Interferir na rotina da família: cada núcleo familiar vai, aos poucos, criando sua rotina de funcionamento após a chegada do bebê. Assim, quem faz parte da rede de apoio familiar deve respeitar essa rotina, contribuindo para o melhor funcionamento dela. 👨‍👩‍👧‍👦
  • Impor suas experiências como verdade absolutase você já é mãe, você também passou por esse momento e sabe como ele funciona. Cada criança é diferente, assim, traga suas experiências pessoais para a rede de atenção materno infantil 🗣 quando solicitado. Mães no puerpério já têm muita coisa para lidar: como driblar os palpites na criação dos filhos, não precisa ser mais um!
  • Trazer pessoas para visitar a mãe e o bebê sem a permissão dela: não é porque você faz parte da rede de apoio materno que tem a liberdade de fazer o que quer. É preciso sempre manter o respeito à rotina e às decisões da mãe 🧑🏻‍🍼 em todos os momentos.

Rede de apoio: mãe segura, mãe feliz!

A maternidade é um momento da vida da mulher em que ela sofre transformações de grande intensidade. Uma mãe de primeira viagem, obviamente, tem grandes desafios. Mas, no segundo ou terceiro filho,👩‍👧‍👦 esse desafio não diminui tanto: assim, a rede de apoio continua tendo uma importância significativa.

Familiares, amigos, vizinhos: não importa quem seja, uma rede de apoio materno precisa ter carinho, segurança, amor, tranquilidade e prestatividade.💝Afinal, é isso que realmente pode mudar o dia a dia da mãe.

Conforme o bebê vai crescendo, a rede de atenção materno infantil pode mudar, mas ela continua lá. O Clube Leiturinha, por exemplo, pode fazer parte desse círculo: ao receber livros 📚 em casa, a mãe — e toda a família — passam a contar com uma curadoria especializada da leitura que proporciona momentos de interação, conhecimento e muita conexão.

Será que seu pequeno é um bebê high need?

Você já ouviu falar em bebê high need? Não? Mas se você tem um bebezinho em casa, além de receber doses diárias de amor e fofura, com certeza, também vai se identificar com alguma destas situações: choros e gritos intensos, noites mal dormidas, sentimento de cansaço e esgotamento o tempo todo. Pois é, para as mamães de recém-nascido, a rotina não é nada fácil! Os pequenos exigem, a cada minuto, muita atenção, cuidado, dedicação, carinho. E as mães, muitas vezes, se desdobram em mil para conseguir atender a todas essas vontades e necessidades dos pequenos que acabaram de chegar ao mundo.

O que é bebê high need?

Todo mundo no comecinho da vida demanda quantidades extras de cuidado e atenção. No entanto, alguns bebês podem ser mais exigentes do que outros. Esta é a teoria do pediatra americano Dr. William Sears, defensor da criação com apego. Após o nascimento do quarto filho, o Dr. e sua esposa Martha, que até então não acreditavam em crianças “mimadas”, perceberam que a caçula Hayden demandava muito mais atenção e necessidades do que os três primeiros filhos. Como a criação dos quatro filhos havia seguido o mesmo padrão, a “culpa” de a pequena bebê ser tão “chorona” não poderia ser dos pais. Pensando nisso, o Dr. Sears instituiu o termo bebê high need que, em português, pode ser traduzido para: bebê de altas necessidades. Segundo o doutor, 12 características podem ser observadas para identificar um bebê high need. São elas:

1. Intenso

Ele grita, chora alto e demonstra com muita intensidade suas vontades e desejos.

2. Hiperativo

Está sempre se mexendo ou mexendo em alguma coisa. Não gosta nadinha de ficar quieto.

3. Ele te esgota

O bebê high need esgota todas as suas energias! Ele demanda tanto de você que você se sente sugada e sem tempo para mais nada.

4. Mama frequentemente

O bebê quer mamar, se alimentar ou ter alguma coisa na boca a todo momento.

5. Alta demanda

Ele quer tudo do jeito dele e agora.

6. Acorda o tempo todo

Ele tem dificuldade para adormecer e quando adormece, acorda de hora em hora.

7. Insatisfeito

Não importa o quanto você se esforce, o bebê high need está sempre insatisfeito! E você, sempre com o sentimento de culpa.

8. Imprevisível

O que funcionava ontem, já não funciona hoje. Ele não consegue criar hábitos e tem mudanças extremas de humor.

9. Super sensível

Este bebê está sempre alerta ao ambiente ao seu redor. Se entedia, chora ou acorda ao menor movimento ou ruído fora do comum.

10. “Não dá para tirá-lo do colo”

Berço nem pensar! Ele precisa estar o tempo todo no colo e, de preferência, em movimento.

11. Não consegue dormir sozinho

Ele dificilmente conseguirá cair no sono sozinho em seu berço. Ele precisa de ajuda, precisa ser embalado e acarinhado.

12. Sensível a separação

Ele não aceita outros cuidadores com facilidade e vai chorar e gritar sempre que tiver que se separar da mãe.

Será que meu pequeno é high need?

Em seu artigo, o Dr. Sears explica que o bebê não precisa apresentar todas estas características para ser considerado high need. Mas se você notar pelo menos 3 delas em seu pequeno, já pode considerar a possibilidade de ter em casa um bebê de altas necessidades. Por outro lado, o doutor alerta para que estes “sintomas” não se confundam com necessidades naturais de um recém-nascido. Um bebê só pode ser considerado high need se apresentar três ou mais características, após os 5 meses de vida.

Outro ponto importante é não utilizar este termo para rotular ou sentenciar a criança a este ou aquele comportamento. É preciso transformar estas características únicas e especiais em potencialidades. Ser uma pessoa intensa, persistente e sensível são qualidades que podem levar seu filho a realizar seus sonhos e a viver da melhor maneira possível. Portanto, cabe aos pais, apoiar e direcionar os pequenos de maneira positiva!

E você, o que acha do termo bebê high need? Se identificou com alguma destas características? Acha que o seu pequeno pode ser um bebê de altas necessidades? Compartilha sua opinião aqui com a gente!20

Como cuidar de um recém-nascido

Apesar de ser um momento muito feliz e marcante para uma mãe, o nascimento do primeiro filho traz algumas preocupações que podem causar estresse e insegurança. Para evitar essas preocupações e sanar qualquer tipo de dúvida, preparamos algumas dica importantes sobre como cuidar de um bebê nos seus primeiros 28 dias de vida.

  • Estimular a amamentação: o bebê deve ser levado ao seio da mãe ainda na sala de parto, com o intuito de familiarizá-lo com o contato pele a pele, facilitando a amamentação posteriormente. Mesmo que ele não mame na hora, seu corpo tem nutrientes suficientes para se manter bem até a próxima amamentação.
  • Mantenha uma circulação restrita: evite que muitas pessoas tenham contato com o bebê nos primeiros dias, mas caso opte por receber alguém, certifique-se de que lavem as mãos antes de tocar no bebê, para evitar possíveis doenças ou infecções. O mesmo vale para o contato com os pais.
  • Preze por um ambiente calmo: tenha em mente que seu filho acaba de sair do útero materno, um lugar silencioso e calmo. Por isso, é essencial que, nos primeiros dias, você tente manter um ambiente similar àquele com o qual o bebê estava acostumado, principalmente nos momentos de dormir e amamentar.
  • A hora do banho: ainda na maternidade a enfermeira fará um banho demonstrativo. Em casa, basta reproduzir o que aprendeu, e lembre-se sempre de usar água quentinha, mas confortável. Recomenda-se que enrole o bebê em uma toalha e lave a cabeça primeiro, para depois lavar o resto de seu corpo
  • Trocando a fralda: apesar de não precisar trocar as fraldas toda vez que o bebê faz xixi, os primeiros dias serão intensos no quesito higiene, já que o recém-nascido tende a fazer cocô oito vezes ao dia. Evite o uso de lenços umedecidos, já que eles contém químicos que podem irritar a pele do bebê, e opte por algodão e água, limpando o bebê sempre da frente para trás, independentemente do sexo. Lembre-se sempre de não ser agressivo e fazer todo o procedimento de maneira suave.
  • Como lidar com o coto umbilical: normalmente o coto umbilical cai até o 15º dia de vida, mas até lá, limpe-o, principalmente na base, com álcool 70% toda vez que for trocas as fraldas.
  • Evite passear: no primeiro mês de vida, é importante que o bebê fique em casa e não seja exposto. Além dos riscos de saúde, devido a poluição da rua, o bebê pode ficar estressado com os barulhos, movimentos e cheiros fortes.
  • O colo: quando for segurar seu bebê no colo, tenha em mente que nessa fase eles estão mais propensos a refluxos, então precisam ser segurados sempre com a cabeça elevada em relação ao resto do corpo. Por não ter forças para segurar a própria cabeça sozinho ainda, você terá sempre que segurar a cabeça do bebê.
  • Como aliviar as cólicas: a partir da terceira semana, é comum que as cólicas intestinais comecem a aparecer. Para amenizá-las, faça massagens suaves na barriga do bebê e use compressas de água morna, porém nunca diretamente na pele.

Lembre-se também de que não é só o bebê que necessita de cuidado nessas horas, afinal, a mãe tende a ficar sobrecarregada com a amamentação e todas as demandas do recém-nascido. Portanto, é importante que o pai esteja sempre presente e ajude com todas as necessidades do bebê.

Esperamos que essas dicas possam te ajudar a cuidar melhor do seu bebê recém-nascido e sanar algumas da suas preocupações!

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