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Sono do bebê – Os perigos da exaustão

Forçar o bebê a ficar acordado durante o dia é um erro e só traz prejuízos, inclusive para o sono noturno!

 

O sono é uma necessidade fisiológica absolutamente fundamental e é tema de muitas reclamações dos pais nos consultórios pediátricos. A falta de sono prejudica bastante a qualidade de vida do indivíduo, e os pais buscam (e testam!) muitas estratégias para melhorar o sono dos bebês.

Cuidar de um bebê é uma tarefa exaustiva, especialmente daqueles bebês com dificuldades de sono noturno e que acordam muitas vezes durante a noite. Para melhorar esse quadro, alguns pais acreditam que manter o bebê acordado durante o dia é uma ótima saída. Na opinião desses pais, quanto mais cansado o bebê estiver, melhor vai dormir e assim permanecerá dormindo por mais horas seguidas à noite e todos poderão descansar. Mas isso é um erro! Forçar o bebê a ficar acordado durante o dia só traz prejuízos, inclusive para o sono noturno!

Quando não respeitamos os sinais de sono do bebê (bocejar, esfregar os olhos, cabelos ou orelhas, perda do interesse no ambiente, olhar parado), ou os forçamos a ficar acordados além de suas necessidades, eles ficam exaustos, chorosos, mal-humorados. Esse estado de exaustão dificulta com que o bebê relaxe e durma, não importa o quão cansado esteja.

Os principais hormônios que controlam o sono são a melatonina e o cortisol, e seus níveis mudam ao longo do dia, resultando em uma maior ou menos facilidade de adormecer, dependendo de qual hormônio está em ação.  O cortisol é o hormônio que nos mantém acordados e alertas, e a melatonina nos prepara para adormecer. Quando seu bebê está exausto ou é estimulado por muito tempo, ele tem que tentar permanecer alerta e para isso seu cérebro libera cortisol, estimulando seu pequeno ainda mais, tornando mais difícil a tarefa de adormecer e permanecer dormindo.

É muito importante que os pais compreendam que quando o bebê está exausto, ele fica tão cansado que os hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina, inundam a sua corrente sanguínea, tornando ainda mais difícil para ele relaxar e se acalmar. E isso tende a ser um padrão cíclico; quanto mais cansado o seu bebê fica, mais difícil é ele relaxar e adormecer, o que torna o deixa mais cansado. Por isso, deixar seu bebê acordado na intenção de que ele durma melhor é um caminho perigoso e fadado ao fracasso! Fazer cochilos diurnos de qualidade é uma das principais formas de melhorar o sono noturno. Lembre-se: quanto mais o bebê dormir, mais ele vai querer dormir!

O que é o desmame precoce? Tudo o que você precisa saber!

O que é o desmame precoce — tudo o que você precisa saber!

A maternidade é sempre um período de intensas descobertas e emoções. E se há um assunto que é quase unânime entre os maiores causadores de incertezas — e angústias — é o desmame precoce.

Sejam as mães de primeira viagem ou aquelas que já vivenciaram a maternidade, cada filho proporciona uma experiência diferente em relação ao desmame e cada situação deve ser analisada individualmente.

Antes de mais nada, não existe nenhuma dúvida sobre todos os benefícios que leite materno proporciona para mãe e filho. Acompanhe a leitura e entenda sobre o desmame precoce de forma honesta e com fontes científicas!

 

O que é desmame precoce?

O desmame precoce ocorre quando há a interrupção completa ou parcial do aleitamento materno antes que o bebê tenha seis meses de vida completo. Lembre que a Organização Mundial da Saúde recomenda que, até esse período, a amamentação seja exclusiva no peito.

A amamentação traz vários benefícios e muitos deles vão além da alimentação do bebê. O vínculo entre mãe e filho é amplamente potencializado nesses períodos, por exemplo.

Como resultado, a tendência é que o puerpério, isto é, o período de readaptação do organismo da mãe após o nascimento do bebê, se torne mais agradável.

Mesmo diante de ótimas razões para priorizar a amamentação, o desmame precoce é comum no Brasil. Atualmente, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o índice de amamentação exclusiva até os seis meses de vida é de, aproximadamente, 46%.

 

O que leva o desmame precoce?

Os principais motivos são: pega incorreta, burnout materno, uso de chupetas e consumo de fórmulas infantis. Veja mais sobre as principais:

Pega incorreta

A pega incorreta do bico do seio impede que bebê sugue o leite da forma adequada. Mesmo fazendo força, o leite não chega até ele. Talvez essa seja a principal causa do desmame precoce.

Dessa forma, a criança acaba ficando irritada por não conseguir se alimentar. Eventualmente, os seios da mãe ficam extremamente machucados.

Mesmo sabendo que o amamentar é instintivo dos bebês, precisamos ressaltar que esse é um processo de aprendizagem para mães e filhos. Por falar nisso, temos um post completo que responde às principais dúvidas sobre amamentação.

Esgotamento emocional

O período pós-parto é marcado por intensas transformações. A ansiedade e o estresse, que são naturais deste período, quando em excesso podem prejudicar a produção do leite. Pessoas mais antigas têm o costume de falar que o leite da mãe secou.

As causas para este esgotamento mental podem ser desde a falta de uma rede de apoio até acontecimentos traumáticos. Em situações assim, é essencial se consultar com um pediatra e estudar as possíveis soluções para o problema.

 

Uso recorrente de chupetas

Outro motivo bastante comum para a interrupção da amamentação é o uso descontrolado de chupetas e bicos artificiais.

Esses itens podem ajudar a acalmar o bebê nos momentos de maior irritabilidade. Porém, seu uso em excesso não é recomendado. Além disso, eles podem gerar a cárie de mamadeira.

Os formatos dos bicos artificiais e a forma como o bebê faz a sucção são diferentes da maneira que ele precisa fazer no seio materno. Por vezes, a nova forma de chupar faz com o que o bebê desaprenda a mamar corretamente e não consiga sugar o leite.

Introdução precoce às fórmulas

Isso ocorre devido a uma crença popular que diz que, quando a produção de leite é escassa, é preciso complementar a alimentação do bebê com fórmulas artificiais.

Em algumas situações, isso pode estar relacionado à aparência que o colostro tem.

Além dos motivos citados acima, algumas condições de saúde também podem impedir que as mães amamentem, como: pacientes em tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia e uso de substâncias que fazem mal para o bebê.

Quais são as consequências do desmame precoce?

As consequências da interrupção do leite materno envolvem: o enfraquecimento do sistema imunológico infantil, aumento no risco de infecções e menor imunidade.

Outro ponto a ser colocado é que a pega correta no bico da mãe auxilia no desenvolvimento oral, além de contribuir para a melhor evolução das funções motoras da criança.

Com o acompanhamento de um profissional da saúde, é possível controlar ou solucionar um quadro de desmame precoce da melhor maneira possível.

Veja também: Como vestir um recém nascido na maternidade?

O que fazer em caso de desmame precoce?

Ao primeiro sinal de um desmame precoce, a mamãe deve consultar um pediatra com urgência. Somente esse profissional de saúde é capaz de avaliar e indicar uma solução para o caso.

Eventualmente, se a pega incorreta for a causa do desmame precoce ou mesmo o esgotamento emocional da mãe, uma rede de apoio, junto com as instruções de um profissional de saúde, podem possibilitar a volta da amamentação.

Como evitar o desmame precoce?

Para evitar o desmame precoce, a mamãe precisa ficar atenta a todas as mudanças no comportamento do bebê durante as mamadas. Além disso, deve ter atenção redobrada com a sua saúde mental e alimentação.

Definitivamente, buscar ajuda profissional para ajudar no processo da pega e debater o assunto de forma honesta, sem julgamentos. Entender o que envolve o desmame precoce é essencial para proporcionar o acolhimento e suporte necessários para o desenvolvimento das crianças.

 

 

Como cuidar de um recém-nascido

Apesar de ser um momento muito feliz e marcante para uma mãe, o nascimento do primeiro filho traz algumas preocupações que podem causar estresse e insegurança. Para evitar essas preocupações e sanar qualquer tipo de dúvida, preparamos algumas dica importantes sobre como cuidar de um bebê nos seus primeiros 28 dias de vida.

  • Estimular a amamentação: o bebê deve ser levado ao seio da mãe ainda na sala de parto, com o intuito de familiarizá-lo com o contato pele a pele, facilitando a amamentação posteriormente. Mesmo que ele não mame na hora, seu corpo tem nutrientes suficientes para se manter bem até a próxima amamentação.
  • Mantenha uma circulação restrita: evite que muitas pessoas tenham contato com o bebê nos primeiros dias, mas caso opte por receber alguém, certifique-se de que lavem as mãos antes de tocar no bebê, para evitar possíveis doenças ou infecções. O mesmo vale para o contato com os pais.
  • Preze por um ambiente calmo: tenha em mente que seu filho acaba de sair do útero materno, um lugar silencioso e calmo. Por isso, é essencial que, nos primeiros dias, você tente manter um ambiente similar àquele com o qual o bebê estava acostumado, principalmente nos momentos de dormir e amamentar.
  • A hora do banho: ainda na maternidade a enfermeira fará um banho demonstrativo. Em casa, basta reproduzir o que aprendeu, e lembre-se sempre de usar água quentinha, mas confortável. Recomenda-se que enrole o bebê em uma toalha e lave a cabeça primeiro, para depois lavar o resto de seu corpo
  • Trocando a fralda: apesar de não precisar trocar as fraldas toda vez que o bebê faz xixi, os primeiros dias serão intensos no quesito higiene, já que o recém-nascido tende a fazer cocô oito vezes ao dia. Evite o uso de lenços umedecidos, já que eles contém químicos que podem irritar a pele do bebê, e opte por algodão e água, limpando o bebê sempre da frente para trás, independentemente do sexo. Lembre-se sempre de não ser agressivo e fazer todo o procedimento de maneira suave.
  • Como lidar com o coto umbilical: normalmente o coto umbilical cai até o 15º dia de vida, mas até lá, limpe-o, principalmente na base, com álcool 70% toda vez que for trocas as fraldas.
  • Evite passear: no primeiro mês de vida, é importante que o bebê fique em casa e não seja exposto. Além dos riscos de saúde, devido a poluição da rua, o bebê pode ficar estressado com os barulhos, movimentos e cheiros fortes.
  • O colo: quando for segurar seu bebê no colo, tenha em mente que nessa fase eles estão mais propensos a refluxos, então precisam ser segurados sempre com a cabeça elevada em relação ao resto do corpo. Por não ter forças para segurar a própria cabeça sozinho ainda, você terá sempre que segurar a cabeça do bebê.
  • Como aliviar as cólicas: a partir da terceira semana, é comum que as cólicas intestinais comecem a aparecer. Para amenizá-las, faça massagens suaves na barriga do bebê e use compressas de água morna, porém nunca diretamente na pele.

Lembre-se também de que não é só o bebê que necessita de cuidado nessas horas, afinal, a mãe tende a ficar sobrecarregada com a amamentação e todas as demandas do recém-nascido. Portanto, é importante que o pai esteja sempre presente e ajude com todas as necessidades do bebê.

Esperamos que essas dicas possam te ajudar a cuidar melhor do seu bebê recém-nascido e sanar algumas da suas preocupações!

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A importância da nutrição na gestação

É essencial que toda grávida mantenha uma boa nutrição durante a gestação. Segundo as palestrantes Luane Magnago e Nicolle Fiorot, estudos apontam que tudo aquilo que a mãe consome durante a gestação e toxinas as quais ela se expõe, influenciam na saúde do bebê até sua fase adulta. Além disso, cuidar da alimentação durante a gestação previne doenças além de garantir nutrição para evitar sintomas na mãe e garantir um desenvolvimento adequado para o crescimento do bebê.  

É essencial que a gestante tenha um acompanhamento nutricional durante sua gestação. Pois ele tem como objetivo avaliar o estado nutricional da gestante; melhorar hábitos alimentares; acompanhar a ganha ou perda de peso; prevenir doenças, etc. Tendo como maior preocupação a boa nutrição, pois o bebê necessita disso!  

Dicas para uma gestação saudável: 

  • Produtos orgânicos 
  • Higienização de vegetais e frutas 
  • Comida natural  
  • Variedade de alimentos 
  • Consumo de água  
  • Sono regulado 

O que se deve evitar:  

  • Industrializados  
  • Carboidratos ruins  
  • Metais pesados (evite papel alumínio, panelas de alumínio, desodorantes com alumínio, enlatados) 
  • Plástico (não pode ser aquecido nem congelado) 
  • Adoçantes  

Separamos a gestação em três trimestres:  

1º trimestre 

  • Faça no mínimo 5-6 refeições diárias em horários regulares com intervalos de 2 a 3 horas.  
  • Evite adoçantes artificiais como: aspartame, ciclamato, sucralose e sacarina, etc.  
  • Não consuma carnes cruas e mal passada e salada crua fora de casa (podem ter contaminação por toxoplasmose).  
  • Faça a higienização correta das verduras e legumes em casa.  
  • Diminua o consumo de sal. 
  •   Exclua alimentos industrializados e refrigerantes 
  •   Evite o consumo de bebidas que contenham cafeína: café, chocolate, chás.  
  • Evite açúcares, frituras, farinhas refinadas, alimentos condimentados, enlatados, corantes, alimentos light/Diet. 

2º trimestre 

  • Corte o açúcar, doces e refrigerantes. O excesso de açúcar neste período aumenta o seu ganho de peso, inchaço e aumenta flutuações na sua glicemia e o risco de diabetes gestacional.  
  • Procure beber muita água.  
  • Aumente o consumo de fibras pois nesta fase o intestino tende a ficar mais constipado. 
  •  Diminua o consumo de sal. 

3º trimestre  

  • Aumente o consumo de alimentos ricos em ômega 3: peixes, chia.  
  •  Corte o açúcar, doces e refrigerantes. O excesso de açúcar neste período aumenta o seu ganho de peso, inchaço e aumenta flutuações na sua glicemia e o risco de diabetes gestacional.  
  •  Aumente o consumo de fibras! Exemplo: farinha de banana verde, farelo de aveia, farinha de maracujá e quinoa em flocos são excelentes opções para incrementar a alimentação, controlar a glicose e incluir mais fibras. 

Gostou das dicas e informações? Aproveite muito esse momento único que é a gravidez!  

As referências de texto e créditos são da palestra do curso de gestantes das Doutoras Luane Magnago e Nicolle Fiorot.  

Instagram das palestrantes: @luanenutricionista @nicollefiorotnutri  

A hora de ouro do bebê: Amamentação e o Parto Normal

Sabemos que a gestação é um momento muito importante na vida da mulher, pra isso é necessário que a mulher se prepare emocionalmente para se vincular com o bebê aproveitando os hormônios dessa fase tão especial. “Em 2016, o ministério publicou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Cesariana, com parâmetros que devem ser seguidos pelos serviços de saúde. A proposta é auxiliar e orientar profissionais da saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias, já que o procedimento, quando não indicado corretamente, traz riscos como o aumento da probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido e grande risco de morte materna e infantil. Neste momento o mais importante para a gestante junto com o profissional de saúde que a acompanha (médico e/ou enfermeiro obstetra) é incentivar o parto normal e deixar você entrar em trabalho de parto para que hormônios importantes do nascimento sejam liberados. Entrar em trabalho de parto, deixar o bebê dar um sinal que ele está pronto para chegar é fundamental para o desenvolvimento emocional e fisiológico da criança.” (Rosana Lima)

A amamentação deve começar no local de parto, onde o bebê é colocado imediatamente em contato com a mãe. Essa hora tão importante, é denominada HORA DOURADA. “De acordo com a portaria 371 do Ministério da Saúde: Art. 4º Para o RN a termo com ritmo respiratório normal, tônus normal e sem líquido meconial, recomenda-se: I – assegurar o contato pele a pele imediato e contínuo, colocando o RN sobre o abdômen ou tórax da mãe de acordo com sua vontade, de bruços e cobri-lo com uma coberta seca e aquecida, verificar a temperatura do ambiente que deverá está em torno de 26 graus para evitar a perda de calor;” (Rosana Lima)

As vantagens da amamentação:

Ela ajuda, além da nutrição física, na construção emocional do bebê, criando laços entre mãe e filho.

O leite materno contribui para a inteligência da criança.

Protege o bebê contra doenças e reduz a chance de obesidade.

Facilita na perda de peso da mãe após a gestação.

As referências de texto e créditos são da palestra do curso de gestantes da Enfermeira Obstreta Rosana Lima.
Instagram da palestrante: @rosana.limaufes