Possivelmente, em algum momento, você já ouviu a seguinte frase: “Quando nasce um filho, também nasce uma mãe”. E é também nesse momento que uma rede de apoio materno ganha uma importância significativa na vida da mulher e da família.
Cada maternidade tem suas particularidades, mas uma verdade praticamente unânime é que toda mãe precisa de suporte. Essa rede de atenção materno infantil faz toda a diferença, em especial nos primeiros momentos após o nascimento, em que a mãe precisa de tanto cuidado quanto o bebê recém-nascido..
Continue a leitura e saiba mais sobre o conceito e a prática da rede de apoio!
O que é uma rede de apoio materno?
Em termos gerais, uma rede de apoio consiste em poder contar com pessoas de confiança para dar suporte e auxiliar nos momentos em que a mãe precisar e sentir necessidade.
A atuação da rede de apoio materno vai muito além de ficar com o bebê para que a mãe possa descansar ou tomar um banho com mais tranquilidade. Em caso de dúvidas, em que a mãe quer saber como lidar com determinada situação, a rede de apoio pode ser essencial.
As dúvidas e os desafios da maternidade podem realmente ter um impacto sobre a autoestima e a autopercepção da mãe. No período do puerpério, ou seja, logo após o parto, esse cenário fica ainda mais perceptível, já que a mãe está lidando com sua recuperação e, ao mesmo tempo, com um turbilhão de hormônios e, é claro, com o bebê precisando de toda atenção.
A importância da rede de apoio
Já deu pra ter uma ideia de como a rede de apoio maternidade pode ser essencial para a mãe, não é mesmo? Mas, além do que já foi dito, outras vantagens também podem ser percebidas. Confira!
- Mãe mais segura: ao contar com uma rede de apoio materno infantil, a mãe pode cuidar de si mesma e isso faz com que ela se sinta mais segura e acolhida.
- Diminuição do risco de depressão pós-parto: uma mãe que está insegura e sobrecarregada com as tarefas inerentes à maternidadetende a ter mais chances de desenvolver depressão pós-parto.
- Aumento da conexão com o bebê: é preciso tempo para que a mãe possa estar diariamente fortalecendo a ligação com o seu neném. Assim, uma rede de apoio que dê suporte, por exemplo, nas tarefas domésticas, auxilia — e muito — nesse sentido.
- Sensação de pertencimento: ao se tornar mãe, é natural que a mulher passe a ser “somente” mãe. Isso pode levar a um esgotamento emocional. A rede de apoio materno permite que a mãe sinta que — além de mãe — ela também é mulher e faz parte de um círculo social.
- Atenção especial às mães solo: a cada ano, observa-se um aumento considerável no número de mães solo no Brasil.Nesses casos, a rede de apoio tem uma função ainda mais significativa: afinal, ela carrega, além da maternidade, o restante das responsabilidades. A empatia por mães solo pode ser um diferencial.
Compreender o que é rede de apoio materno transforma a vida de uma mãe e permite que ela realmente desfrute desse período com mais tranquilidade e segurança.
Uma rede de apoio para chamar de sua
A rede de atenção materno infantil vai além dos laços de sangue ou familiares. É comum que a rede de apoio seja composta pelas avós do bebê, pelas irmãs da mãe ou por primas, por exemplo. Mas não é uma regra!
É essencial que a rede de atenção materno infantil conte com pessoas que passem segurança e tranquilidade para a mãe. Assim, as amigas de confiança podem fazer parte desse núcleo, compartilhando experiências, sendo um ombro amigo e estando ali para dar uma mãozinha para a mamãe. Os vizinhos de porta também podem compor a rede de apoio, se a mãe assim escolher.
Mas, como reconhecer uma rede de apoio materna? Algumas características podem ajudar:
- Disponibilidade para atender quando necessário;
- Acompanhamento com contato frequente da mãe e do bebê;
- Saber respeitar cada momento da mãe e também suas vontades e decisões;
- Proximidade com a família para saber quando estar perto e quando dar espaço;
- Habilidades no cuidado de um recém-nascido.
Ainda vale lembrar que a rede de apoio pode ser, inclusive, virtual. A tecnologia pode ser uma aliada na maternidade. Por vezes, uma ligação de vídeo para conversar pode salvar o dia de uma mamãe.
Apoiar uma mãe é, antes de tudo, saber ouvir
A rede de apoio familiar, além do círculo da família, precisa, antes de qualquer coisa, ouvir a mãe “com os ouvidos de ouvir”.Ou seja: uma mãe precisa de acolhimento de suas dúvidas, suas fraquezas, suas frustrações, e não de julgamento.
Para que a rede de apoio faça realmente a diferença na vida da mãe, a habilidade de saber ouvir é primordial. E, só depois, saber se faz sentido se manifestar ou se é importante apenas acolher.
Quando a rede de apoio materno tem outras mães, por exemplo, é essencial que elas saibam que é importante compartilhar suas experiências, mas sem colocá-las como verdade absoluta. Afinal, é apenas mais uma experiência.
Apoio é ajudar a mãe a ser a mãe que ela quer ser para o filho dela!
O que não fazer se quiser apoiar uma recém-mãe
Ao compreender o que se espera de uma rede de atenção materno infantil, é hora de ter clareza também sobre o que não deve ser feito se quiser apoiar uma recém-mãe.
Esse é um exercício bastante sensível, afinal, alguns comportamentos estão enraizados em nossa cultura. Mas, isso não quer dizer que são corretos ou que realmente fazem bem.
- Questionar a mãe sobre as orientações do profissional de saúde da confiança dela: antes mesmo de o bebê nascer, a mãe possivelmente já fez consultas com o pediatra para se informar e tirar dúvidas. Assim, criou-se uma relação de confiança que deixa a mãe mais tranquila. A rede de apoio pode não concordar com algumas coisas, no entanto, cabe a ela apenas respeitar as decisões da mãe.
- Interferir na rotina da família: cada núcleo familiar vai, aos poucos, criando sua rotina de funcionamento após a chegada do bebê. Assim, quem faz parte da rede de apoio familiar deve respeitar essa rotina, contribuindo para o melhor funcionamento dela.
- Impor suas experiências como verdade absoluta: se você já é mãe, você também passou por esse momento e sabe como ele funciona. Cada criança é diferente, assim, traga suas experiências pessoais para a rede de atenção materno infantil quando solicitado. Mães no puerpério já têm muita coisa para lidar: como driblar os palpites na criação dos filhos, não precisa ser mais um!
- Trazer pessoas para visitar a mãe e o bebê sem a permissão dela: não é porque você faz parte da rede de apoio materno que tem a liberdade de fazer o que quer. É preciso sempre manter o respeito à rotina e às decisões da mãe em todos os momentos.
Rede de apoio: mãe segura, mãe feliz!
A maternidade é um momento da vida da mulher em que ela sofre transformações de grande intensidade. Uma mãe de primeira viagem, obviamente, tem grandes desafios. Mas, no segundo ou terceiro filho, esse desafio não diminui tanto: assim, a rede de apoio continua tendo uma importância significativa.
Familiares, amigos, vizinhos: não importa quem seja, uma rede de apoio materno precisa ter carinho, segurança, amor, tranquilidade e prestatividade.Afinal, é isso que realmente pode mudar o dia a dia da mãe.
Conforme o bebê vai crescendo, a rede de atenção materno infantil pode mudar, mas ela continua lá. O Clube Leiturinha, por exemplo, pode fazer parte desse círculo: ao receber livros em casa, a mãe — e toda a família — passam a contar com uma curadoria especializada da leitura que proporciona momentos de interação, conhecimento e muita conexão.